Desde sempre os religiosos atacam cantores e artistas em geral. Talvez por estes acabarem se tornando mais populares que as missas e demais rituais chatos e sem graça como são quase todos os cultos religiosos. O assunto aqui versa sobre uma das classes mais valorizadas do show business: As bandas de Rock! Existem muitas mentiras circulando na Internet sobre as causas do sucesso que eles tem hoje, e a maior parte delas provém de sites religiosos, como não poderia deixar de ser.
Recentemente, foi publicada uma reportagem na (risos) Folha Universal (risos), com um artigo comentando os “pactos satânicos” da Xuxa, que já foi abordada Grandes Mentiras Religiosas (coincidentemente, saiu dois dias antes da reportagem… será que leram a nossa mente?), e como já abordamos o assunto anteriormente sobre o caso da Xuxa, vamos dar atenção ao restante da matéria da Folha Universal, que fala de Paulo Coelho, Jim Morrison, Ozzy Osbourne, Jimmy Page, os Rolling Stones e Raul Seixas!
Nos vem uma pergunta à nossa mente: O que é que os crentes têm contra os roqueiros? Afinal, os roqueiros não invadem igrejas, não depredam locais de cultos, não agridem religiosos nas ruas, não blasfemam de forma chula contra as doutrinas religiosas (salvo raríssimas exceções), não incitam o ódio contra a religião, e por ai vai… Quantas notícias do Cet.net vocês já leram que religiosos fazem isso? Se quiserem, podemos colocar aqui. E se quiserem MAIS, ainda podemos colocar notícias de vários jornais. Telhado de vidro, sacam?
Muito provavelmente, esse rancor e ódio dos religiosos contra os astros do rock nasceu da direita religiosa americana, nos anos 50 e 60, com o surgimento dos primeiros famosos, como Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones etc no qual eram atacados por “levarem a juventude americana à perdição, aos maus costumes, à rebeldia” entre outras bobagens. Depois, nos anos 60, foi a vez de Janis Joplin, Jimmy Hendrix, The Doors e toda a contracultura americana. Por fim, os anos 70 com o advento das primeiras bandas de Heavy Metal como The Kiss e os grupos punk rock, e depois vieram os memoráveis anos 80, com Metallica, Iron Maiden, e vários outros que fizeram fama e ficaram em nossa memória ate hoje (lembram-se do 1° Rock in Rio?).
Os grupos de rock não são a causa da mudança no comportamento dos jovens, e sim um reflexo da mudança dos costumes sociais nos jovens, que ansiavam quebrar o status quo de uma sociedade conservadora, e inovar os comportamentos e hábitos, e com isso conseguiram uma revolução em escala global, que teve o seu ponto culminante no final dos anos 60. O resto é historia e não iremos nos demorar aqui, pois sugerimos a vocês, caros leitores, que pesquisem sobre o assunto. Isso pertence na área de Antropologia e não faz parte do enfoque desta série.
Assim, vamos examinar aqui alguns trechos da “reportagem” da (risos) Folha Universal (risos), e passaremos às refutações e desmontar essas mentiras. Não iremos nos alongar demais no assunto, e trataremos do principal, pois queremos deixar o resto com os nossos leitores, para quem façam as suas próprias pesquisas, e as coloquem em nossas caixas de comentários.
O rock é um campo frutífero para relações com o demônio. A banda inglesa Rolling Stones tem, entre os sucessos, a canção “Simpathy for the devil” (condolências com o demônio), um disco batizado de “Their Satanic Majesties Request” (A Serviço de Sua Majestade Satânica), além de lançarem um outro álbum, “Voodoo Lounge”, com referências ao vodu e magia negra. Mais claro, impossível.
Com a determinação dos jovens em criar um novo padrão de estética e valores distintos dos de seus pais, as famílias tradicionais, que pertencem ao poder dominante, sentiam-se ameaçadas por declarações diversas dos novos ricos, este novo grupo social, os rockstars. Entre estes, Mick Jagger é chamado de “a voz de sua geração”. Com a fama dos Rolling Stones de quebrarem as regras estabelecidas e continuarem seguidamente vencendo batalhas jurídicas que tentam encarcerá-los, Mick Jagger e Keith Richard são acusados de se associarem a Satanás em troca de controle sobre as massas e sucesso mundial. Eu preferia pedir para ser arqui-milionário, dono de emissoras de TV, rádio e ter milhões de seguidores, que nem o próprio “bispo” Macedo…
De qualquer foma, a situação piora quando os Stones lançam uma música intitulada “Sympathy For The Devil.” A partir desta canção, as histórias das relações satânicas da banda são consideradas oficialmente confirmadas. Então é apenas natural que, quando Brian Jones morreu em Julho de 1969, houvesse quem insinuasse que Mick Jagger o teria matado por meio de magia negra, para tomar definitivamente a liderança da banda.
As mortes ocorridas no festival em Altmont e as conotações demoníacas que surgiram a seguir, em relação a uma apresentação dos Rolling Stones, que foi na verdade uma oferta gratuita, presente dos Stones para a cidade, só servem para fertilizar as imaginações da nova geração de garotos pré-adolescentes impressionáveis e atraídos pela junção de rock pesado com ocultismo. É a era de bandas como Iron Butterfly, Vanilla Fudge, Led Zeppelin, Blind Faith, Moby Grape, Deep Purple e Black Sabbath. Os Stones continuam provocando, compondo canções como “Midnight Rambler” que fala sobre um serial killer; “Street Fighting Man”, música que acabou sendo censurada nas rádios, por causa do medo de uma rebelião entre os jovens e a polícia, e “Dancing With Mr. D.”, este último, fazendo parte de um álbum com o título provocativo de “Goats Head Soup” (Sopa de Cabeça de Cabra). Mick Jagger seduz sua geração, como também a mídia, e acaba sendo comparado por alguns a Fausto (Goethe, meus caros. Goethe).
E vejam aqui a letra da música
Simpathy for the devil, e como podem ver, não tem absolutamente nada a ver com simpatia com o demônio ou alusões ao satanismo. Alem do mais, o que é que
Voodoo Lounge tem a ver com vodu e magia negra ? Praticamente nada também. É apenas o nome
que deram ao álbum, e as letras das músicas não possuem nenhuma relação com o diabo, ocultismo, maldade, nada de nada! E ainda por cima, os crentes precisam parar de imaginar coisas e largar de lado sua mania obsessiva por conspirações demoníacas. E não vamos esquecer que o
outro álbum
Their Satanic Majesties Request, mencionado na reportagem, é apenas um trocadilho com um texto que aparece em passaportes britânicos. Falta cultura nos religiosos. Mesmo uma piadinha inocente demanda cérebro para poder ser entendida.
Muito antes porém destes roqueiros acusados de satanistas fazerem sucesso, um artista da década de 30 é famoso até hoje por uma história de um pacto com o diabo que se tornou uma lenda americana. Robert Johnson deixou apenas 40 canções fundamentais para o blues moderno. Cantor, e sem reconhecimento, se tornou popular subitamente ao exibir uma habilidade espantosa e única de tocar violão e gravar uma canção chamada “Me and The Devil Blues” (Eu e o diabo blues). A explicação seria um acordo com o diabo em troca do sucesso feito numa encruzilhada do Mississippi, nos Estados Unidos. Mas Johnson não viveu para saborear a fama. Morreu aos 27 anos, depois de passar três dias em coma, supostamente envenenado por um marido traído.
Bom, pessoal, vamos falar aqui da biografia desse famoso músico. Vamos colocar aqui um pouco do artigo publicado no site da
Wiplash, sobre a vida dele.
Pouco mais que um século depois, apesar de nunca ter sido rico e com fama apenas regional enquanto em vida, Robert Johnson oferece uma certa similaridade com a história de Paganini e aqueles que o criticavam. Nascido em 1911, negro e descendente de escravos, foi criado em uma fazenda de algodão. Assim, trabalhando no campo desde criança, teve pouca instrução, aprendendo a tocar seu primeiro instrumento, a gaita, sozinho. Quando começou a entrar na maioridade, fugiu de casa para aprender a tocar violão com Son House. Logo passou a tocar junto com os músicos que mais o influenciaram, Charlie Patton e Willie Brown, além do próprio Son House. Juntos, perpetuavam o que se costuma chamar de Country Blues; o blues rural ou delta blues, pois vinham da região do delta do Mississippi.
Sacaram? Mississipi, maioria negra, descendentes de escravos, KKK, Ovelhinhas do Senhor… Deu pra entender, né?
Bem, com vinte anos, Johnson descobriu como fazer sua guitarra chorar usando o gargalo de uma garrafa quebrada, deslizando-a pelas cordas. Já se apresentando sozinho, foi o autor de uma série de composições que retrataria diversas amarguras da vida, desde a rejeição carnal até o desconforto espiritual. Suas letras falam de amores violentos, como em “Ramblin’ On My Mind” e amores perdidos como em “Love In Vain”. Com um certo senso de sutileza, ele fala sobre sexo em letras como a de “Traveling Blues”, onde utiliza analogias do tipo “Squeeze my lemon till my juice runs down my leg” (“Espreme meu limão até o suco escorrer pelas minhas pernas”) frase hoje mais lembrada na voz de Robert Plant quando este pertencia ao Led Zeppelin. Johnson também falava de perseguição e desespero em canções como “Me And The Devil” e “Hellbound Trail”. Essas letras ajudaram a amarrar a lenda de um pacto entre o diabo e o bluesman, lembrado até hoje.
Conta-se que Robert Johnson ficou à espera em uma encruzilhada, com seu violão à mão, em uma noite de lua nova. Quando deu meia noite, o diabo em forma de homem apareceu para afinar o instrumento. A partir daí, todos que ouvem suas músicas são encantados por ela. Na verdade, Robert Johnson tocava um violão excelente e é mais provável ser a inveja, a origem das lendas que apareceram. Sua genialidade e dom natural são tão mais cativantes, comparando-se aos outros músicos de sua época. Johnson costumava tocar quase que de costas para o seu público. As pessoas então diziam que ele fazia isto para esconder o olhar do diabo que surgia para auxiliá-lo. Mais coerente seria supor que ele se preocupava em esconder os acordes que bolava sozinho e não queria que outros músicos na platéia o copiassem, ou pode ser apenas um modo de entreter o público, demonstrando suas habilidades, como o “caminhar de costas” de Michael jackson.
Por volta de 1935, Johnson perambulava entre as cidades dos estados de Tennessee a Arkansas. Fez uma série de gravações em 1936, que circularam pelo sul e eventualmente chegariam a ser ouvidos pelo norte do país. Acabariam editados em dois álbuns, anos depois de o artista falecer. Em 1937, tocaria com ele em ocasiões esporádicas Alex Miller (Sonny Boy Williamson, o segundo), como também Elmore James e Howlin’ Wolf, mas em geral Johnson se apresentava sozinho.
Morreu, acredita-se, no dia 16 de agosto de 1938. Como toda boa lenda, existem diversos rumores para explicar sua morte, mas em geral inclina-se a acreditar que um marido ciumento colocou veneno em sua garrafa de bebida. Johnson era famoso pela atração que causava nas mulheres, como também por atrair as chamadas “mulheres erradas”. Ele veio a morrer três dias depois de envenenado, sofrendo dores estomacais horríveis durante esse tempo. Isto explicaria em parte as histórias que contam dele antes de morrer, andando de quatro e uivando como um cachorro, animal muitas vezes associado com o demônio.
Mais uma mentira crente detonada!
Ícone rebelde do rock, o vocalista Jim Morrison, do Doors, esteve sempre envolvido com práticas ocultistas até a morte misteriosa dele. Ele se casou com uma suposta bruxa num ritual pagão, em que os noivos teriam bebido sangue um do outro diante de um pentagrama, um dos símbolos do mal. Morrison, que compunha canções atormentadas, dizia incorporar o espírito de um feiticeiro índio, um xamã, e chegou a admitir ter visões demoníacas.
Para quem quiser conhecer melhor a biografia de Morrison, basta clicar
aqui e
aqui, onde poderão obter informações mais acuradas. Mas iremos transcrever aqui um pouco da vida de Morrison, para entendermos um pouco das razões por trás de suas canções atormentadas:
Jim Morrison era filho do almirante George Stephen Morrison e sua mulher Clara Clark Morrison, ambos funcionários da marinha americana. Seus pais eram conservadores e rigorosos, todavia Jim acabou por tomar para si pontos de vista completamente antagônicos aos que lhe foram ensinados. Ainda jovem, foi escoteiro.
De acordo com Morrison, um dos eventos mais importantes da sua vida aconteceu em 1949 durante uma viagem de família ao Novo México, que ele assim descreveu:
A primeira vez que descobri a morte… eu, os meus pais e os meus avós, íamos de automóvel no meio do deserto ao amanhecer. Um caminhão carregado de índios, tinha chocado com outra viatura e havia índios espalhados por toda a auto-estrada, sangrando. Eu era apenas um garoto e fui obrigado a ficar dentro do automóvel enquanto os meus pais foram ver o que se passava. Não consegui ver nada – para mim era apenas tinta vermelha esquisita e pessoas deitadas no chão, mas sentia que alguma coisa se tinha passado, porque conseguia perceber a vibração das pessoas à minha volta, então de repente notei que elas não sabiam mais do que eu sobre o que tinha acontecido. Esta foi a primeira vez que senti medo… e eu penso que nessa altura as almas daqueles índios mortos – talvez de um ou dois deles – andavam a correr e aos pulos e vieram parar à minha alma, e eu, apenas como uma esponja, ali sentado a absorvê-las.
Os pais de Morrison afirmaram que tal incidente nunca ocorreu. Morrison dizia que ele ficara tão perturbado pelo caso que os seus pais lhe diziam que tinha sido um pesadelo, para o acalmar. Em qualquer caso, tenha sido real ou imaginário, o incidente marcou-o profundamente, e ele fez repetidas referências nas suas canções, poemas e entrevistas, como por exemplo no tema “Peace Frog”.
E o que dizer da história de que ele teria se casado com uma bruxa? De fato, o vocalista Jim Morrison casou-se com uma wiccana em um típico ritual neo-pagão. A cerimônia de casamento foi selada com o sangue de Patricia Kennealy e ocorreu em janeiro de 1969 no Plaza Hotel, em Nova York. Em sua biografia “Strange Days Morrison”, é categórico ao responder se não tinha medo de ter que acertar as contas com Deus: “Problema Nenhum. Cancelem minha inscrição a ressurreição.”
E qual e o problema dos crentes com a religião wiccana? Só mostra um profundo desconhecimento sobre o que realmente significa a Wicca, e ela não significa necessariamente sobre o mal ou que tenha relações com o satanismo. Para quem quiser saber mais, cliquem
AQUI.
E depois ainda tem a história do pentagrama… Ora, mais um “nada a ver” dos crentes. O Pentagrama, originalmente um símbolo da deusa romana Vênus, foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo é encontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus faz durante a aparente retroação de sua órbita. Hoje em dia o termo “pagão” se tornou quase sinônimo da adoração ao demônio – Um erro grosseiro. Os pagãos eram literalmente pessoas do meio rural.
Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente. O pentagrama é conhecido também como o símbolo do infinito, já que é possível fazer outro pentagrama menor dentro do pentágono regular do pentagrama maior , e assim sucessivamente.
Possui simbologia múltipla, sempre fundamentada no número cinco, que expressa a união dos desiguais. Representa uma união fecunda, o casamento, a realização, unindo o masculino (o 3), e o feminino (o 2), simbolizando ainda, dessa forma, o andrógino, mas não necessariamente o homossexual. Seria algo mais que transcende os limites das diferenças entre os sexos.
O pentagrama (estrela de cinco pontas, dentro de um círculo) é o símbolo da religião Wicca. Assim como a cruz é para o cristianismo e os dois triangulos, em direções opostas, é para o judaísmo, o pentagrama é para os wiccanos. Mas, para crentes, qualquer coisa que não venha com o rótulo “Jesus é o Senhor!” para eles é coisa do diabo.
Atualmente, muitos Wiccanos usam um Pentagrama no pescoço, como símbolo de orgulho da sua religião, representando a sua fé e também mostra-se útil para que os Wiccanos se reconheçam entre si. Mas deve-se deixar claro que isso não é nenhuma obrigação. Muitos praticantes da religião Wicca usam o Pentagrama também pelo fato de ele ser considerado um amuleto de proteção, além de mostrarem assim, seu respeito aos Deuses e aos Cinco Elementos.
Qual seria o mal disso? Os cristãos usam uma cruz. E o que é a cruz, senão um simples instrumento de tortura? Poderia ser uma forca, um cepo de decaptação, uma guilhotinha ou um sistema de dar choques elétricos. Calhou dos inventores do cristianismo usarem a cruz como modo de tortura e morte, mas não significa que seja melhor ou pior símbolo que qualquer outra religião.
Voltando ao pentagrama, cada ponta representa um dos Cinco Elementos da Natureza: Ar, Fogo, Água, Terra e Akasha (espírito). Os adeptos à religião Wicca crêem que TUDO foi criado a partir dos cinco elementos. Por isso, no treinamento para o sacerdócio wiccano, o domínio dos elementos é visto como o primeiro ato para a iniciação.
Além do seu significado primordial, dos cinco elementos, o pentagrama também representa o corpo humano (os 4 membros e a cabeça); sendo assim conhecido como “estrela do microcosmo” (pequeno universo), que simboliza o(a) mago(a) dominando o espírito sobre a matéria, inteligência sobre instintos, mente sobre o corpo. Se você gosta de teorias de conspiração à lá Dan Brown, olhem um pentagrama e uma reprodução do
Homem Vitruviano e tirem suas conclusões.
Nos rituais da religião Wicca, além de ser um dos símbolos da Deusa, o pentagrama às vezes é usado como símbolo da terra, outras vezes para consagrar os instrumentos ritualísticos, objetos e amuletos. O pentagrama utilizado na religião Wicca pode ser feito de qualquer material (metal, madeira, argila, vidro, etc.) e até desenhado em pedaços de pano ou mesmo no chão.
Muitas pessoas que se intitulam Satanistas usam o Pentagrama invertido (com duas pontas para cima), afirmando significar o triunfo da Matéria sobre o Espírito, ou a vitória do Mal sobre o Bem. Ainda que, originalmente, o Pentagrama com duas pontas para cima já aparecia, no paganismo pré-cristão, como um dos símbolos da Grande Mãe (pela semelhança com um canal vaginal, um útero e duas trompas). Assim sendo, o pentagrama invertido possui significados paralelos.
Devemos ter em mente que apenas após o advento do Cristianismo, a igreja o associou como símbolo do Mal, numa tentativa de conversão dos pagãos ao culto cristão. Aliás, é engraçado saber que durante as guerras entre católicos e protestantes, católicos e ortodoxos, ortodoxos e protestantes e protestantes de uma vertente contra protestantes de outra vertente, ambos os lados acusavam o adversário de heresia e pacto com o diabo.
Mas, eles não rezam pro mesmo deus?
Como os Beatles, Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, um dos grupos mais importantes e populares do anos 70, era díscipulo do bruxo Aleister Crowley. Ele comprou a “casa dos horrores” onde morava o satanista, próximo do Lago Ness, na Escócia. Era lá que aconteciam rituais de magia negra.
Buaaaahahahahaha! Tem gente que realmente acredita nisso. Se querem conhecer mais sobre esse famoso inglês, chamado Jimmy Page, basta consultarem a biografia oficial dele clicando
AQUI.
Segundo umas pesquisas que realizamos, em 1982, foi convidado pelo realizador Michael Winner para gravar a banda sonora do filme Death wish III. Page fez um retorno bem sucedido aos palcos com a série de concertos de caridade
ARMS Charity em 1983. Desde 1990, Jimmy Page envolveu-se em vários
concertos de caridade e trabalhos afins, particularmente em
The action for Brazil’s children trust (ABC Trust), fundado pela sua esposa Jimena Gomez-Paratcha em 1998.
E então, surpresos? Ele faz shows em prol da caridade! Qual é a caridade que os pastores fazem? Ah, sim… dizem que curam pessoas. Sei…. Page até mesmo fez alguns shows para ajudar as crianças brasileiras! E os religiosos? O que e que tem a dizer a respeito do assunto? Como podem atacar o caráter de um roqueiro, associando-o ao satanismo e à magia negra, alguém que faz caridade pelos outros?
Será que cristãos acham que ajudar o próximo é coisa de Satã? Deve ser por isso que uma ENORME parcela de cristãos não faz nada pra ninguém. ALELUIA!!!
E o que dizer das histórias que circulam, de que ele comprou uma mansão que pertenceu a Aleister Crowley? Grandes Coisas! Esperavam o quê? Que a casa ficasse abandonada para sempre?
Essa casa de que estão falando se chama Boleskine House, construída no século XVIII por Archibald Fraser, e possui até
site oficial. Segundo o site, existem muitas histórias envolvendo a casa, que mencionam o pai de Abraão (pode isso?), ordens secretas de magos (Merlin, por exemplo), ocultismo, depois comprada por Aleister como local de residência, e só se tornou famosa nos anos 70, quando começaram a circular histórias envolvendo o local, por causa de um
acidente de carro envolvendo a família de Plant, na ilha grega de Rodes, no qual os fãs associaram à compra da casa. Mas, essa casa é sobrenatural? Macabra? Com ares de lugar mal-assombrado? Claro que não…. para quem duvida, cliquem
AQUI para ver a foto da casa!
É mais fácil o
Hotel Overlook existir do que essa casa ser mal-assombrada. Aliás, existe casa bem-assombrada?
A fama de Boleskine House surgiu em 1970 quando Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, a comprou e fez
uma declaração com histórias macabras de uma pessoa que teve sua cabeça decapitada na casa, antes mesmo de Aleister Crowley comprá-la, de suicídios que foram cometidos após Crowley e coisas desse tipo! E para que servem as histórias? Para atiçar o interesse das pessoas e atrair mais atenção à banda, ora. O que um pouco de publicidade não faz, hein?
Agora, respondam: Existem historias de satanismo envolvendo o novo morador da casa? Que nada! É um clã típico dos Higlanders (não, o Christopher Lambert era de outro clã, o dos MacLeods). Enquanto isso, crentes malucos ficam delirando com
histórias envolvendo satanismo e rock. Mas, bem que eles curtem um Ratos do Porão também, hehehe
O rock pesado sempre fez alusões explícitas à magia negra e ao satanismo, que foi adotado como tema recorrente para embalar performances teatrais e letras. Hoje, com 60 anos, dois veteranos do gênero, Alice Cooper e Ozzy Osbourne ajudaram a disseminar essas práticas entre os jovens. Cooper se apresenta com uma maquiagem pesada e utiliza efeitos típicos de filmes de horror para atrair os fãs, e muitas vezes se exibe enrolado numa cobra.
Outra mentira! O Rock não está associado à magia negra e ao satanismo. De acordo com um estudo realizado por Graham Garvey, publicado na
Revista de Estudos da Religião, que refuta essa associação feita por religiosos, o autor afirma que:
“Além dos membros adultos dos grupos assumidos como satanistas, há, sem dúvida, adolescentes que se identificam como satanistas. O que eles querem dizer com isto varia consideravelmente. Mesmo em um grupo ad hoc de adolescentes masculinos, com quem me encontrei nas ruas de uma cidade da Grã Bretanha em 1995, as compreensões variaram. Só um tinha lido os livros de La Vey e conhecia a revista Black Flame. A maioria não se interessava por tais fontes que pareciam muito próximas a um conhecimento teórico. O satanismo deles era uma afirmação de sua “rebelião” e se manifestava em roupas pretas e simbolismos ocultos. Não importava que os símbolos fossem amplamente ocultos para o grupo; a única coisa que importava, era a hostilidade e/ou o medo que os símbolos provocavam nos outros. Estes adolescentes consideraram as pinturas grosseiras dos grafites “satânicos” como infantis, especialmente em comparação com o complexo trabalho artístico de grafiteiros (graffiti artists) mais talentosos. Deste modo, enquanto a polícia e alguns cristãos do lugar estavam preocupados com o que geralmente eram representações criativas ou imagens fantasiosas (de histórias de terror, literatura infantil ou iconografia de bandas de rock), estes “satanistas” se contentavam em ser e vestir suas próprias auto-representações. Nenhum foi abordado por membros de outros grupos de satanistas, nenhum sabia sobre satanistas mais velhos (exceto aquele que havia lido La Vey, e até esse conhecimento era apenas literário). Atualmente, é bastante improvável que qualquer um daquele grupo continue com tal auto-imagem ou auto-apresentação. Alguns podem ter se transformado em “góticos” (goths), mas minha suspeita é que uma vez que seus hormônios sosseguem, eles mudaram.”
Ou seja, o autor deixa bem claro que o uso de temas como satanismo é uma afirmação, um símbolo de rebeldia, mas que não necessariamente é seguido, praticado ou transformar as pessoas em entes diabólicos que saem por ai “matando, roubando e destruindo”. O estudo completo pode ser encontrado clicando no link acima.
Nós tivemos uma geração de jovens que cresceram ouvindo rock, e são centenas de milhões de pessoas. Pergunto aos crentes: quantos desses jovens freqüentam Igrejas Satânicas? Quantas dessas pessoas possuem objetos de cultos a Satanás em suas casas? Quantas delas praticam magia negra? Quantas delas sacrificaram seres humanos em um culto a uma entidade diabólica?
A resposta é simples: nenhum!
Foi publicada uma notícia afirmando que
o mundo de hoje é mais feliz do que 25 anos atrás. Mas não podemos dizer o mesmo dos religiosos, que usam as igrejas para
afogar crianças em pias batismais, ou
padres que abusam de sua posição clerical para assediar sexualmente menores de idade e causar-lhes traumas permanentes,
pastores que queimam crianças e saem impunes, um Papa omisso em punir crimes de pedofilia e não incluiu entre os “novos pecados”, ou as praticas dos pastores evangélicos em usar e abusar de musicas que conduzam à
lavagem cerebral de seus fieis. E ainda tem muito mais! Aqui mesmo no Ceticismo.net publicamos várias notícias assim, como o caso do
avô que engravidou a própria neta, entre outras mazelas. Agora, vocês conhecem alguma musica de rock, onde os astros pedem dinheiro aos seus fãs? Não? E o que dizer da letra de musica da Renascer, que transcrevemos abaixo?
O segredo de dar
Renascer Praise
Dê e Deus te devolverá
mui grande medida sacudida
e transbordante
dê e Deus te devolverá
então dê, dê ao Senhor
Dê em amor
dê em fé
Dê feliz com um sorriso no rosto
como o Senhor tem dado a você
Quando você der a Deus
Ele te abençoará
dê de coração
dê o melhor
crê em Deus pois as bençãos vem Dele
não segure e nem retenha
Quando você der a Deus ele te abençoará
muita gente erra quando não oferta a Deus
e não entende que só é essa forma
que as bençãos vêm
e a vida abundante você pode ter
Quando você realmente der..
prove Ele então
Dê e Deus e Ele te devolverá
mui grande medida sacudida
e transbordante
dê e Deus te devolverá
Aleluia! Glória! Mas, não esqueçam a sacolinha, para fazermos o pastor feliz!!! Pois é pessoal, só mentiras, mentiras e mais mentiras! É tão difícil para esses crentes serem honestos, não se meterem na vida alheia, e se absterem de lançar falsas acusações contra os outros?
Já Ozzy Osbourne, famoso como vocalista da banda Black Sabbath, sempre entoou canções sobre a morte e o diabo e chegou a morder um morcego vivo que foi atirado no palco, depois de achar que se tratava de um brinquedo de plástico. O equívoco fez com que ele fosse submetido a uma bateria de vacinas contra a raiva.
Vamos falar aqui sobre a vida pessoal de
Ozzy. Em 1982 casou-se com Sharon Osbourne, com quem teve 3 filhos: Aimee Osbourne, Kelly Osbourne, Jack Osbourne, além de ter adotado Robert Marcato. Ele ainda tem três filhos do casamento com Thelma Riley: Elliot Kingsley (1966 – adotado), Jéssica (1972), e Louis (1975). Ozzy Osbourne considera-se católico, apesar de ter um Buda completamente de ouro em sua casa, que deu de presente para sua mulher Sharon, que se considera budista.
Observando a vida pessoal dele, vocês religiosos ainda acham que ele tem um pacto com o diabo? Um roqueiro que se diz católico, adotou uma criança, e ainda respeita a religião da mulher? Quantos crentes vocês conhecem por ai, que adotam crianças e respeitam a religião alheia?
Sobre o episódio do morcego, podemos encontrar a seguinte resposta que ele deu em relação ao ocorrido:
“Eu não sabia que era um morcego, até que eu mordi a cabeça. Oh meu Deus, o que eu fui fazer?”
A revista
Rolling Stones, uma das mais conceituadas do mundo em matérias sobre o Rock, publicou uma reportagem sobre o assunto:
Some myths are so perfectly suited to the legend they’re too good to be true. Others just turn out to be true. Although many fans dismiss the story as myth, Ozzy Osbourne — reality TV’s rock & roll Prince of Darkness — actually did bite the head off a bat. After the 1981 release of his second solo album, Diary of a Madman, the former Black Sabbath vocalist hit the road for a tour nicknamed “Night of the Living Dead.” Onstage, Ozzy pelted his audience nightly with 25 lbs. of pig intestines and calves’ livers. Fans began bringing meat, and then dead animals, to throw back. One night in Des Moines, someone threw a live bat onstage. Stunned by the lights, the bat lay motionless. Osbourne, thinking it was a rubber toy, bit into its neck. He was rushed to the hospital and tested for rabies. Rumors that Osbourne once bit the head off a dove during a meeting with CBS Records have also been confirmed. But even this madman can’t live up to the reputation every time: One rumor has it that Ozzy used to throw three dogs into the crowd before shows, refusing to begin until their dead carcasses were returned to the stage. That one is, in fact, a myth.
E em resposta a acusações de que ele teria feito um pacto com o diabo:
“Não tenho nenhuma ligação com o demônio. Faço música para me divertir”
“Uma banda aparece e o publico a ajuda, mas quando atinge certo nível, começam a atacá-la.”
Se quiserem saber mais, é só visitar o
site oficial de Ozzy. E depois a crentalhada fica falando que ele canta músicas sobre morte e o diabo. Mas perai! Os crentes não costumam falar o tempo todo no diabo em suas igrejas, com sessões de desencapetamento, os pastores berrando como loucos sobre Satanás, acusando os outros de terem o diabo no corpo? E ainda por cima, ameaçando-se mutuamente e aos outros de morte, inferno, sofrimento eterno, os castigos divinos, uma mão pesada de um deus em cima dos outros, os “avisinhos” aos outros para que se cuidem e “não ser tarde demais amanhã”?
Se fôssemos comparar os crentes com Ozzy, sobre quem fala mais em diabo e morte, os crentes ganhariam de longe. Querem uma prova? O dragão da garagem tem uma postagem excelente sobre os discos crentais mais bizarros. Vejam
AQUI.
Os repórteres associados a jornais religiosos precisam é de aulas para fazer uma investigação jornalistica seria para cavar a verdade por trás das alegações, além de um pouco de ética, coisa rara nesse meio. Mas vocês sabem como são os crentes…
outubro 4th, 2008 em 20:59 Aprovar ou reprovar: 3 0
Uma coisa que eu acho engraçado nos crentes,é que eles adoram descer a lenha nos outros ritmos musicais seculares.Mas aí,volta e meia,você escuta um rock evangélico/católico,um pagode evangélico/católico(eu já tive o desprazer de ouvir um) e até funk evangélico pode ser ouvido.Mas não era tudo “do capeta” a um tempo atrás?aiai,…vai entender esse povinho hipócrita…..¬_¬
outubro 4th, 2008 em 22:33 Reprovado. Aprovar ou reprovar: 2 13
Hidden due to low comment rating. Click here to see.
outubro 5th, 2008 às 14:00
Aprovar ou reprovar: 1 1
1) Ah, claro! Pensar por si mesmo é muito danoso. O negócio é ser escravo não é?
2) http://ceticismo.net/2008/06/03/cristaos-depredam-templo-espirita/
Telhado de vidro.
3) http://ceticismo.net/2008/08/13/mulher-e-acusada-de-assassinar-seu-filho-por-nao-dizer-amem/
http://ceticismo.net/2008/08/07/igreja-aplaude-decapitacao-de-jovem-em-onibus/
http://ceticismo.net/2008/07/26/disputas-para-evitar-mesquitas-na-europa-refletem-sentimento-anti-muculmano/
http://ceticismo.net/2008/06/18/supersticoes-africanas-que-matam-os-albinos/
http://ceticismo.net/2008/06/16/virgens-viram-moeda-de-troca-por-um-burro-no-paquistao/
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Chega ou quer mais?